quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Medalhas não atraem patrocínios em São Sebastião (DF)

ter, 07/09/10
por alfredo bokel |
categoria JN no Ar
Uma família com dois campeões. Nos tatames e na vida. Os irmãos lutadores Pedro Henrique (20) e Nivia Souza Moura (18), nascidos e criados em São Sebastião (DF), chegaram para conversar com o JN no Ar devidamente paramentados: de quimono e com uma quantidade impressionante de medalhas no pescoço.
A lista de conquistas é de causar inveja. Mas, até agora, não despertou a atenção dos patrocinadores. “Eu tenho dois empregos, sou professor de judô e segurança”, contou Pedro. “Quando a minha irmã estava conseguindo melhores resultados que eu, parei de lutar e fui trabalhar para ajudá-la”, lembrou.
O esporte é um importante caminho para a jovem população da cidade, que fica a cerca de 20 quilômetros de Brasília. Mariana Ribeiro da Silva, de 16 anos, sagrou-se campeã brasileira no salto em altura no último domingo, em Uberlândia. A medalha no peito é motivo do orgulho. Mas é melhor nem perguntar sobre apoio. “Minha Bolsa Atleta foi cortada em agosto. Disseram que é por que vou fazer 17 anos. Não era muito dinheiro, mas ajudava”, lamentou.
São Sebastião também adora futebol. Tem a Liga Amadora Desportiva de São Sebastião (Lades) e a Liga Esportiva de São Sebastião (LES), que reúnem cerca de 80 times, desde as categorias de base até os veteranos. Todos uniformizados, com treinador. Os jogos têm árbitros, auxiliares e até torcida, que para à beira do campo para acompanhar os ‘craques’ .
E não é só isso. A cidade ainda se destaca no vôlei, no basquete, no skate…

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